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A população mundial está a envelhecer e todos nós deveríamos ter a preocupação de cuidar de quem cuidou de nós.

Na maioria dos países, a percentagem de pessoas idosas está a aumentar rapidamente. Adicionalmente, observa-se uma diminuição no número de nascimentos. Existem 600 milhões de pessoas com mais de 60 anos no mundo. Em 2025 este número será o dobro. Estamos preparados para apoiar ou cuidar?

Em Portugal, cerca de 20% da população tem mais de 65 anos. Isto torna-nos um dos países mais envelhecidos da União Europeia.

O Dia Internacional do Idoso celebra-se a 1 de Outubro e o Dia Mundial da Terceira Idade celebra-se a 28 de Outubro.

Estes dias pretendem chamar a atenção para a situação económica e social da população idosa. Além disso, visam sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e da necessidade de proteger e cuidar dos mais velhos.

As pessoas mais idosas são as que passam mais tempo sozinhas. Muitos idosos vivem em situação de carência económica, isolados dos seus familiares, ao abandono em lares ou em casa.

Os idosos são pilares no seio da família. Isto significa que são responsáveis pela transmissão de valores e de conhecimentos. Ou seja, funcionam como um ponto de equilíbrio familiar, contribuindo para a educação e formação dos mais novos.

Mas se ter mais de 60 anos é sinónimo de mais sabedoria, juntamente com a experiência, vêm os sinais do envelhecimento. Saber lidar de forma equilibrada com as necessidades e limitações sentidas nesta fase da vida, é fundamental para o bem-estar e a qualidade de vida da pessoa idosa.

Para encarar de forma saudável as transformações sentidas, é importante entender o processo de envelhecimento. As mudanças físicas, psicológicas e sociais alteram a maneira do idoso se relacionar consigo mesmo, com os outros e com o ambiente.

É compreensível os idosos esperarem ser tratados como qualquer adulto com capacidade de discernimento e poder de decisão. No entanto, muitas vezes apresentam limitações para exercer as suas actividades diárias, sem que tenham consciência disso. Consequentemente, ficam zangados ou revoltados quando os filhos ou cuidadores tomam decisões sem os consultar ou ignoram a sua própria vontade.

Grande parte dos idosos preocupa-se em ser um peso para a família. Apesar disso, nem sempre os filhos têm a opção de dar total autonomia aos pais. Por exemplo, é frequente estes terem dificuldade em exercer actividades como utilizar meios de transporte, gerir o seu próprio dinheiro, fazer compras ou ir a uma consulta médica.

O grau de dependência pode aumentar com o avançar da idade ou com o surgimento de doenças crónicas ou graves.

Apesar da perda de vitalidade, os idosos têm diversas possibilidades de desenvolvimento e muito para oferecer à família e à sociedadeNão se poder generalizar sobre um grupo etário que pode ir dos 65 a mais de 100 anos. No entanto, a velhice ainda é vista como um atalho para problemas de saúde, inactividade e declínio. Cabe a todos nós combater esse estereótipo e ajudar a tornar os idosos socialmente mais incluídos e participativos.

Há pequenas mudanças de atitude, que podem fazer uma grande diferença:
  • Valorizar o seu conhecimento e opinião e ter em consideração os desejos dos mais velhos. São pessoas que já viveram muito e acumularam sabedoria. Por esse motivo, merecem ter as suas histórias de vida respeitadas;
  • Incentivar para que tenham novos objectivos e motivar para que coloquem em prática novos projectos de vida. Ter sempre uma nova meta a realizar, estimula-nos física e mentalmente. Isto gera motivação e alegria de viver;
  • Cuidar com discrição. Para tal é necessário estar atento às suas necessidades, sem fazer referência constante aos aspectos negativos da velhice. Ou seja, oferecer apoio de forma a que não se sintam expostos nem tratados como incapazes;
  • Tentar proporcionar a autonomia que merecem. Existem diversos produtos, serviços e estruturas especializadas que permitem que o idoso viva com independência, ou, pelo menos, o menor grau de dependência possível. Muitas vezes não é necessário habitarem sob o mesmo teto dos cuidadores para serem bem cuidados.
  • Incentivar a interacção social. É perceptível um aumento na qualidade de vida e na longevidade, nos idosos que têm uma vida social intensa. Esta vida social não se deve resumir à participação nos grupos de terceira idade. Deve manter o contacto com a família, envolver-se em grupos da sua comunidade e em actividades culturais do seu agrado.

Cuidar ou apoiar um idoso requer paciência, sabedoria e amor por parte dos filhos, familiares e cuidadores. Apesar disso, é uma tarefa gratificante.

O trabalho intergeracional é uma óptima forma de quebrar barreiras entre as pessoas. Ou seja, proporciona o ambiente ideal para os jovens apreciarem as experiências e habilidades dos idosos e vice-versa. As pessoas mais velhas contribuíram profissional e financeiramente para a sociedade, durante várias décadas – algo que muitas vezes é esquecido. Além disso, muitos também contribuem informalmente para a economia das suas famílias, ao cuidar dos netos ou de outros membros da família, de forma a permitir que os mais jovens exerçam a sua actividade profissional.

As pessoas idosas merecem todo o nosso respeito. E todas as estruturas de apoio devem organizar-se de forma a garantir a melhor qualidade de vida para as pessoas que ajudaram a construir a sociedade de que desfrutamos actualmente. Pois de acordo com a OMS «Uma sociedade avalia-se pela forma como cuida dos idosos».

Respeitar as pessoas idosas é tratar o próprio futuro com respeito, pois um dia todos seremos idosos.

https://unric.org/pt/envelhecimento/

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